Lincon Ramos Lincon Ramos

Senhora Vaneira (part. César Oliveira e Rogério Melo)

Senhora Vaneira, gaviona
Do baile, é a dona, patrona e rainha
Ressoa teu eco nos cantos da sala
Que a vida se embala na tua melodia

Senhora Vaneira, vaqueana
Em horas tempranas, pariu madrugadas
Alumbrando sonhos e olhares marcantes
Que dizem bastante sem falarem nada

Senhora Vaneira, campeira
Chamando a boeira, ponteia o domingo
Tem graça no charme, adonando a figura
Da bela xirua que dança sorrindo

Te falo de marca crioula e grongueira
Senhora Vaneira, de estirpe pampeana
A noite é pequena pra o teu sentimento
Voltando no tempo, te faz quero-mana

Por ser do Rio Grande, tem alma do povo
Naquele retovo de estância e fronteira
Fizeste querência nesta de botão
Pra ser, no galpão, a Senhora Vaneira

Senhora Vaneira, terrunha
Tu és testemunha de quantos surungos
Quando a gauchada se apeava pachola
E afrouxava as argolas, aliviando os matungos

Senhora Vaneira, pulpeira
Central e vileira, pueblera e rural
Se algum doble-chapa te larga confiada
Tirando pra estrada um sotaque oriental

Senhora Vaneira, gaúcha
Que traz na garupa sonidos de campo
Te canto pra Lua e pra aquele que entende
Que és tu quem ascende o candieiro dos ranchos

Te falo de marca crioula e grongueira
Senhora Vaneira, de estirpe pampeana
A noite é pequena pra o teu sentimento
Voltando no tempo, te faz quero-mana

Por ser do Rio Grande, tem alma do povo
Naquele retovo de estância e fronteira
Fizeste querência nesta de botão
Pra ser, no galpão, a Senhora Vaneira

Senhora Vaneira, Senhora Vaneira